Um ritual baseado em raízes históricas e medidas de saúde pública.
“Enterrado a sete palmos”. Aposto que muita gente já escutou essa expressão e não tem ideia de onde a mesma surgiu, até mesmo porque é uma pergunta que dificilmente a gente se faz. Pois a expressão parece tão natural aos olhos humanos que não paramos para pensar qual o verdadeiro motivo por traz disso. Mas como tudo tem um porque sempre há uma explicação.
O ritual
Esse ritual teve origem na Inglaterra no surto da peste bubônica no Século XVII, nesse período morria cerca de 8.000 mil pessoas por semana. Diante desse fato, as autoridades sanitárias da época estabeleceram que os corpos das vítimas, deveriam ser enterrados a seis pés de profundidade mínima ou sete palmos abaixo da terra, aproximadamente 1,80m. Dessa forma os cachorros não conseguiriam cavar suficientemente o solo, acessar esses corpos e disseminar a doença. No Brasil essa medida varia entre 1,30m e 1,60m, dependendo do Estado ou cidade.
Com o final da peste, essa ordem foi suspensa e os mortos voltaram a ser enterrados próximos da superfície. Eis que surge outro problema, os cadáveres começaram a sumir dos túmulos para serem vendidos por saqueadores, sendo assim a regra dos sete palmos acabou voltando.
O Termo sete palmos
Esse conceito vem do padrão de ter que enterrar o cadáver nessa medida, afinal de contas, menos que isso seria exalado odores que chegariam à superfície. Outra explicação pode estar relacionada com uma expressão referente à medida que corresponde um padrão de enterro, ou até mesmo um ditado popular como: a triste infelicidade de uma bala perdida o levou a sete palmos.
A tradição desse sepultamento
Essa tradição de sepultamento há sete palmos de profundidade não se baseia somente em raízes históricas profundas como também apresentou uma medida de saúde publica em tempos de epidemias como a peste bubônica assim como da Covid.
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