Recentemente, lemos uma matéria jornalistica muito interessante, que relata a visão de pessoas não habituadas as práticas e procedimentos do nosso segmento. O desafio foi mostrar como estas pessoas enxergam e reagem diante da rotina de profissionais que trabalham com a missão de atenuar a última experiência de amigos e familiares com seus entes queridos. Outro ponto abordado na matéria foi tentar compreender o perfil do novo profissional que deseja trabalhar no ramo funerário. Separamos abaixo alguns trechos e fotos. Acompanhe:
“Minha avó ficou um ano sem me deixar cozinhar porque tinha nojo da minha profissão”, conta Carolina Maluf, conhecida como Nina, sobre a experiência de trabalhar com mortos. Há 10 anos na área funerária, hoje ela é dona da Thanatology, escola de tanatopraxia e necromaquiagem. A tanato consiste, basicamente, em higienizar um cadáver para que ele possa ser velado e enterrado sem maiores surpresas, como o vazamento de fluidos corporais. Já a necromaquiagem, tal qual o nome, prepara as partes do corpo que ficam expostas durante o velório – geralmente o rosto, os braços e as mãos.
Primeiro, aprendemos a diferença entre a tanato e a necromaquiagem. Em seguida, fomos alertados que câmeras estavam espalhadas por todo o local para registrar eventuais vilipêndios a cadáver, ou seja, desrespeito, escárnio ou necrofilia – crimes previstos em lei.
Ao longo do dia, a equipe relata várias vezes como as pessoas são preconceituosas com a profissão. “É um trabalho braçal, pesado. Você precisa estar bem espiritualmente pra ficar aqui”, desabafa Nina. O nicho funerário dá dinheiro. Poucas pessoas se sujeitam a manusear corpos e fazer o que essa galera faz. E, no fim, não é algo tão mórbido como pensamos. Para ela, a maior satisfação que existe é ver um ser humano encerrando sua passagem pela vida de maneira digna e propiciar aos familiares um adeus minimamente tranquilo.
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